Gostaria
que por causa desses meus artigos Vossas Excelências vereadores de
Apuiarés, não me tivessem como inimigo. Não o sou e não tenho
motivos para sê-lo. Acho que as melhores e mais construtivas
críticas são aquelas que partem de lugares e de pessoas cujas
pretensões não são suspeitas. Essas críticas costumam beneficiar
muito mais do que os bajulos de palavras interesseiramente
agradáveis.
É
verdade que nos meus artigos anteriores fui por demais duro e/ou
deseducado em minhas palavras, mas em nenhum momento ofendi a honra
de quem quer que seja com mentiras, se ofendi alguém foi com
verdades, se utilizei palavras duras foi para expressar toda a
indignação não só minha, mas de toda uma categoria. Tudo que
escrevi, é o que a grande maioria dos colegas pensa e gostaria de
dizer, mas não podem por motivos que todos já conhecem.
Outro
ponto que não pode ser ignorado, e pelo que ouvi de alguns nobres
vereadores está sendo, é que os meus artigos provocam apenas
discussões no mundo das ideias e em nenhum momento apresenta nada
pessoal, não critico pessoas, critico suas atitudes, não tenho nada
contra a pessoa de nenhum dos nobres vereadores muito pelo contrário.
O que sou contra e sempre serei é com determinadas atitudes que
Vossas Excelências os vereadores tomam que prejudica toda uma
categoria.
A
seção da câmara de vereadores de Apuiarés na noite da sexta-feira
27 de abril de 2012 foi muito mais tranquila que a da sexta-feira 20
de abril e teria sido muito mais se não fosse meus dois artigos
anteriores. E nem foi a minha indignação contida neles que motivou
toda a discussão, mas apenas meia dúzia de palavras duras, que
escrevi propositalmente, para provocar a discussão. E elas cumpriram
muito bem o seu papel. Do contrário, tudo que aconteceu na noite do
dia 20 de abril já teria sido esquecida, o que por sinal devia ser o
desejo da maioria dos vereadores.
Vossa
Excelência o vereador Edmundo apresentou para os colegas algumas
partes dos meus artigos, e aqui quero criticar mais uma atitude
repulsiva do nobre vereador, ao pinçar apenas as partes que lhe
interessavam e as colocar fora de contexto ele demonstra interesse em
distorcer os fatos. Se ele queria mostrar para os colegas de casa,
deveria ter feito a leitura dos artigos na íntegra. O fato de ler
apenas partes dos artigos prejudicou seus próprio colegas que não
os leram e acabaram fazendo interpretações equivocadas e tirando
conclusões precipitadas.
Não
sei porque tanta indignação pelo que publiquei aqui, Vossa
Excelência o vereador Zé Augusto também publicou em seu site
(apuiares.com) um artigo em quem ele também usa palavras duras e
ninguém falou nada. Por que será que só as palavras do professor
são questionadas? Só gostaria de saber onde está escrito que
professor não pode expressar o que pensa sem que seja retaliado?
Ser
acusado de desmoralizar todo um poder como falou Vossa Excelência o
vereador Cel. Tadeu em seu discurso, considero um absurdo. Por isso
questiono: o que poderia desmoralizar mais um poder se não o fato
de este poder votar a redução dos salários da maioria dos
professores em cerca de 10%, mudando uma lei que este mesmo poder
aprovou em 2009? Ou até mesmo o fato de tal poder em mais de 2 anos
não ter votado leis complementares ao plano de cargos, carreiras e
salários do magistério? Aqui me sinto no direito de questionar se
Vossa Excelência o vereador Cel. Tadeu tem conhecimento deste fato?
Portanto,
se fatos tão importantes não são motivos para desmoralizarem um
poder e uma casa tão digna de respeito, não seriam algumas palavras
duras, mas verdadeiras, de um “pseudo professor” como também
coloca em seu discurso Vossa Excelência a vereadora Cristina, que
seria motivo de desmoralização?
Em
seu discurso Vossa Excelência o vereador Cel. Tadeu interpreta a
minha colocação “para encher linguiça” como se eu os tivesse
chamando de “enchedores de linguiça”, na realidade a
interpretação correta deveria ser “menos importantes”. Até
porque muitos políticos brasileiros não são dignos de serem
comparados a qualquer trabalhador brasileiro.
Ser
chamado “de pseudo professor” pela Vossa Excelência a vereadora
Cristina não me magoou nem um pouco, pois a nobre vereadora nem deve
saber o que é ser professor.
Na
realidade ela tirou conclusões precipitadas, usando apenas partes
dos artigos apresentadas fora de contexto pelo seu o nobre colega
vereador Edmundo. Em seu discurso a nobre vereadora afirma que “
que eu seria um pseudo professor, pois também sou contratado do
estado”, só que se ela tivesse feito a leitura dos meus artigos
não teria chegado a conclusões inverídicas. Em meu artigo nem falo
em professores contratados muito menos que eles seriam pseudo
professores. Agora se é a nobre vereadora que tira suas conclusões
do que ouviu falar, eu questiono Quem será digno de usar o termo
“PSEUDO”?
A
indagação da nobre vereadora em seu discurso, “...que tipo de
professor é esse...? Eu respondo com alguns questionamentos:
Com
que propriedade diria aos alunos que eles podem superar sua situação
social, se eu não ganho o suficiente para me manter com dignidade? Qual
exemplo darei ao aluno de lutar por seus direitos se eu me curvo
ao prefeito que não quer pagar o que é devido por lei?
Para
encerrar deixo para reflexão de todos uma frase do Pe. Nilo Luza,
retirada do Jornal O DOMINGO de 29 de abril de 2012. “Infelizmente
encontramos (…) maus pastores ou maus administradores em nossas
comunidades e na sociedade. São os mercenários, que se preocupam
apenas consigo mesmos; não têm interesse pela vida do povo; buscam
o próprio proveito; nas dificuldades, jamais aceitam se sacrificar.
O mercenário está interessado no salário e no lucro e não na vida
das pessoas. Ele instrumentaliza as pessoas para o bem de si mesmo –
às vê e valoriza enquanto lhe são “úteis””.
P.S.:
O tratamento respeitoso de "Vossa Excelência" e “Nobre”
é mera convenção pois
segundo minha assessoria jurídica uso de outras palavras poderia ser
motivo para que eu seja interpelado judicialmente.